segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Matemática


Vamos fazer contas. Meu amigo Luiz Henrique Parahyba, jornalista e torcedor do Auto Esporte de João Pessoa, resolveu ir ao jogo entre Vila Nova e Goiás, dia 31. Aqui em Goiás ele é Vila Nova. O Luiz vai levar o filho dele, Lucas, que faz publicidade na UFG. Os dois vão pagar 75 reais na arquibancada. 50 do Luiz e 25 do estudante Lucas. Tem mais 5 reais do estacionamento. E pra não ficar com a boca seca vamos supor que o Luiz e o Lucas gastem 20 reais com cerveja e refrigerante. Total do gasto, 100 reais. Pra ir ao estádio o Parahyba gastou combustível, andou um bom pedaço nesse trânsito infernal, teve dificuldade pra entrar no estacionamento privatizado do Serra Dourada, passou raiva na bilheteria e na catraca. Passou mais raiva na hora de ir embora. E correu sério risco de apanhar ou levar cacetada na cabeça e passar desta para uma melhor. Isso se o Parahyba fosse ao jogo. Se ele não for, pega esses 100 reais, vai no supermercado e na feira pela manhã, compra carne, bebida, mandioca e tomate pro vinagrete. Faz um churrasco e assiste no conforto e segurança de sua casa o mesmo jogo entre Vila Nova e Goiás. Moral da história: estão querendo que o torcedor fique em casa mesmo. E com esses preços abusivos, tem que ficar mesmo. Por que graças a Deus o Luiz Parahyba não ganha salário mínimo, por que se ganhasse e fosse todo final de semana aos jogos do Goianão, com esse preço de “cinquentinha”, iria torrar quase meio salário mínimo.     

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